Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 24
Filtrar
3.
Cien Saude Colet ; 26(7): 2653-2662, 2021 Jul.
Artigo em Português, Inglês | MEDLINE | ID: mdl-34231678

RESUMO

This study analyzes how experiences of HIV-related stigma are expressed among HIV-positive young people transitioning to an adult clinic, the health service, the family, the affective-sexual interactions, and their relationship with inequalities and social hierarchies. This research included 31 young people (median age 21) transitioning to an adult clinic (G1) and 12 young people (median age 30) who had already made this transition (G2), both monitored at a health service in Rio de Janeiro. Seventy percent of the 43 young people were women and 65% were infected by mother-to-child transmission. Young people answered questionnaires and participated in focus groups on AIDS stigma and transition to adulthood. Most reported discrimination associated with HIV stigma in daily life and health care. G1 young people showed more significant concern about the consequences of HIV disclosure and difficulties with treatment. The G2 accounts suggest that establishing marital relationships, including HIV-negative partners and children, linked to treatment access allowed resignifying the fear of stigmatization. The findings aim to guide the training and action of professionals involved in the prevention and care of young people living with HIV.


Neste estudo investigamos como vivências de estigma do HIV se expressam entre jovens soropositivos, em transição para a clínica de adultos, no serviço de saúde, na família e nas interações afetivos-sexuais e sua relação com as desigualdades e hierarquias sociais. O estudo envolveu 31 jovens (idade mediana 21) em transição para a clínica de adultos (G1) e 12 jovens (idade mediana 30) que já fizeram essa transição (G2), ambos atendidos num serviço de saúde do Rio de Janeiro. Dentre os 43 jovens, 70% eram mulheres e 65% foi infectado por transmissão vertical. Os jovens responderam a questionários e participaram de grupos focais sobre estigma da aids e passagem para a vida adulta. A maioria relatou situações de discriminação associadas ao estigma do HIV na vida cotidiana e no cuidado em saúde. Os jovens do G1 revelaram maior preocupação com as consequências da revelação do HIV e dificuldades com o tratamento. Os relatos do G2 sugerem que a constituição de relações conjugais, incluindo parceiro/a e filhos soronegativos e o acesso ao tratamento, possibilitaram resignificar o receio da estigmatização. Os achados visam orientar a formação e ação de profissionais envolvidos na prevenção e cuidado de jovens vivendo com HIV.


Assuntos
Infecções por HIV , Transmissão Vertical de Doenças Infecciosas , Adolescente , Adulto , Brasil , Feminino , Infecções por HIV/epidemiologia , Hospitais Públicos , Humanos , Estigma Social , Adulto Jovem
5.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(7): 2653-2662, jul. 2021. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1278781

RESUMO

Resumo Neste estudo investigamos como vivências de estigma do HIV se expressam entre jovens soropositivos, em transição para a clínica de adultos, no serviço de saúde, na família e nas interações afetivos-sexuais e sua relação com as desigualdades e hierarquias sociais. O estudo envolveu 31 jovens (idade mediana 21) em transição para a clínica de adultos (G1) e 12 jovens (idade mediana 30) que já fizeram essa transição (G2), ambos atendidos num serviço de saúde do Rio de Janeiro. Dentre os 43 jovens, 70% eram mulheres e 65% foi infectado por transmissão vertical. Os jovens responderam a questionários e participaram de grupos focais sobre estigma da aids e passagem para a vida adulta. A maioria relatou situações de discriminação associadas ao estigma do HIV na vida cotidiana e no cuidado em saúde. Os jovens do G1 revelaram maior preocupação com as consequências da revelação do HIV e dificuldades com o tratamento. Os relatos do G2 sugerem que a constituição de relações conjugais, incluindo parceiro/a e filhos soronegativos e o acesso ao tratamento, possibilitaram resignificar o receio da estigmatização. Os achados visam orientar a formação e ação de profissionais envolvidos na prevenção e cuidado de jovens vivendo com HIV.


Abstract This study analyzes how experiences of HIV-related stigma are expressed among HIV-positive young people transitioning to an adult clinic, the health service, the family, the affective-sexual interactions, and their relationship with inequalities and social hierarchies. This research included 31 young people (median age 21) transitioning to an adult clinic (G1) and 12 young people (median age 30) who had already made this transition (G2), both monitored at a health service in Rio de Janeiro. Seventy percent of the 43 young people were women and 65% were infected by mother-to-child transmission. Young people answered questionnaires and participated in focus groups on AIDS stigma and transition to adulthood. Most reported discrimination associated with HIV stigma in daily life and health care. G1 young people showed more significant concern about the consequences of HIV disclosure and difficulties with treatment. The G2 accounts suggest that establishing marital relationships, including HIV-negative partners and children, linked to treatment access allowed resignifying the fear of stigmatization. The findings aim to guide the training and action of professionals involved in the prevention and care of young people living with HIV.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Infecções por HIV/epidemiologia , Transmissão Vertical de Doenças Infecciosas , Brasil , Estigma Social , Hospitais Públicos
6.
Cad Saude Publica ; 37(6): e00169720, 2021.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-34105621

RESUMO

The article analyzes the views and practices on reproduction, sexuality, and rights of women living with HIV/AIDS (WLWA). This qualitative study was based on interviews at two moments, 2013 and 2018, with seven WLWA seen at HIV/AIDS referral services in Rio de Janeiro, Brazil. The study examined the opinions and experiences on motherhood, affective-sexual relations, feminism, and sexual and reproductive rights. The findings reveal the women's naturalized perception of the female body and their accountability on the events in sexual and reproductive life. An association was seen between reproductive right and the right to choose motherhood or the fathers' participation in raising the children. As for sexual rights, the prevailing conception was the woman's (or person's) right to choose in the face of demands, impositions, or violence to have sex, including the context of matrimonial relations. The sociocultural context proved to be more determinant in preventive practices and reproductive trajectory than HIV serology. WLWA displayed the capacity to reshape practices linked to routine care for the family, motherhood, contraceptive choices, and the exercise of sexuality. Yet traditional gender norms appear heavily in their family dynamics, and the reach of these transformations is mediated by the sociocultural and economic context. Thus, lower access to symbolic goods by low-income strata, which characterizes the universe of the women interviewed here, compromises their access to the gains made in sexual freedom and female autonomy.


O artigo analisa as visões e práticas sobre reprodução, sexualidade e direitos de mulheres vivendo com HIV/aids (MVHA). O estudo, de caráter qualitativo, teve, por base, entrevistas feitas em dois momentos, 2013 e 2018, com sete MVHA atendidas em serviços de referência em HIV/aids no Rio de Janeiro, Brasil. Foram investigadas opiniões e vivências sobre maternidade, interações afetivo-sexuais, feminismo e direitos sexuais e reprodutivos. Os achados revelam a percepção naturalizada das entrevistadas sobre o corpo feminino e a sua responsabilização acerca dos eventos da vida sexual e reprodutiva. Nota-se uma associação entre direito reprodutivo e direito de escolha da maternidade ou da participação dos pais na criação dos filhos. Quanto aos direitos sexuais, prevaleceu a concepção do direito de escolha da mulher (ou pessoa) diante das demandas, imposições ou violência para fazer sexo, incluindo o contexto das relações matrimonias. A conjuntura sociocultural mostrou-se mais determinante das práticas preventivas e trajetória reprodutiva do que a sorologia do HIV. Foi notado a capacidade das MVHA de remodelar práticas ligadas à rotina de cuidado com a família, à maternidade, a escolhas contraceptivas e ao exercício da sexualidade. Mas, as normas tradicionais de gênero se mostram fortemente nas suas dinâmicas familiares, e o alcance dessas transformações é mediado pelo contexto sociocultural e econômico. Assim, o menor acesso a bens simbólicos dos estratos populares, que caracteriza o universo das mulheres entrevistadas, compromete o acesso desses grupos a conquistas relativas à liberdade sexual e à autonomia feminina.


El artículo analiza las visiones y prácticas sobre reproducción, sexualidad y derechos de mujeres viviendo con VIH/sida (MVHA). El estudio, de carácter cualitativo, tuvo como base entrevistas realizadas en dos momentos, 2013 y 2018, con siete MVHA atendidas en servicios de referencia en VIH/sida en Río de Janeiro, Brasil. Se investigaron opiniones y vivencias sobre maternidad, interacciones afectivo-sexuales, feminismo, derechos sexuales y reproductivos. Los hallazgos revelan la percepción naturalizada de las entrevistadas sobre el cuerpo femenino y su responsabilización acerca de los eventos de la vida sexual y reproductiva. Se nota una asociación entre derecho reproductivo y derecho de elección de la maternidad o de la participación de los padres en la crianza de los hijos. En cuanto a los derechos sexuales, prevaleció la concepción del derecho de elección de la mujer (o persona) ante las demandas, imposiciones o violencia para tener relaciones sexuales, incluyendo el contexto de las relaciones matrimoniales. La coyuntura sociocultural se mostró más determinante en las prácticas preventivas y trayectoria reproductiva que respecto a la serología del VIH. Se señaló la capacidad de las MVHA de remodelar prácticas relacionadas con la rutina de cuidado con la familia, maternidad, elecciones contraceptivas y ejercicio de la sexualidad. Sin embargo, las normas tradicionales de género se muestran fuertemente en sus dinámicas familiares y el alcance de esas transformaciones es mediado por el contexto sociocultural y económico. Así, el menor acceso a bienes simbólicos de los estratos populares, que caracteriza el universo de las mujeres entrevistadas, compromete el acceso de estos grupos a conquistas relacionadas con la libertad sexual y autonomía femenina.


Assuntos
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida , Sexualidade , Brasil , Criança , Feminino , Humanos , Reprodução , Comportamento Sexual , Direitos da Mulher
7.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(6): e00169720, 2021. graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1249458

RESUMO

Resumo: O artigo analisa as visões e práticas sobre reprodução, sexualidade e direitos de mulheres vivendo com HIV/aids (MVHA). O estudo, de caráter qualitativo, teve, por base, entrevistas feitas em dois momentos, 2013 e 2018, com sete MVHA atendidas em serviços de referência em HIV/aids no Rio de Janeiro, Brasil. Foram investigadas opiniões e vivências sobre maternidade, interações afetivo-sexuais, feminismo e direitos sexuais e reprodutivos. Os achados revelam a percepção naturalizada das entrevistadas sobre o corpo feminino e a sua responsabilização acerca dos eventos da vida sexual e reprodutiva. Nota-se uma associação entre direito reprodutivo e direito de escolha da maternidade ou da participação dos pais na criação dos filhos. Quanto aos direitos sexuais, prevaleceu a concepção do direito de escolha da mulher (ou pessoa) diante das demandas, imposições ou violência para fazer sexo, incluindo o contexto das relações matrimonias. A conjuntura sociocultural mostrou-se mais determinante das práticas preventivas e trajetória reprodutiva do que a sorologia do HIV. Foi notado a capacidade das MVHA de remodelar práticas ligadas à rotina de cuidado com a família, à maternidade, a escolhas contraceptivas e ao exercício da sexualidade. Mas, as normas tradicionais de gênero se mostram fortemente nas suas dinâmicas familiares, e o alcance dessas transformações é mediado pelo contexto sociocultural e econômico. Assim, o menor acesso a bens simbólicos dos estratos populares, que caracteriza o universo das mulheres entrevistadas, compromete o acesso desses grupos a conquistas relativas à liberdade sexual e à autonomia feminina.


Abstract: The article analyzes the views and practices on reproduction, sexuality, and rights of women living with HIV/AIDS (WLWA). This qualitative study was based on interviews at two moments, 2013 and 2018, with seven WLWA seen at HIV/AIDS referral services in Rio de Janeiro, Brazil. The study examined the opinions and experiences on motherhood, affective-sexual relations, feminism, and sexual and reproductive rights. The findings reveal the women's naturalized perception of the female body and their accountability on the events in sexual and reproductive life. An association was seen between reproductive right and the right to choose motherhood or the fathers' participation in raising the children. As for sexual rights, the prevailing conception was the woman's (or person's) right to choose in the face of demands, impositions, or violence to have sex, including the context of matrimonial relations. The sociocultural context proved to be more determinant in preventive practices and reproductive trajectory than HIV serology. WLWA displayed the capacity to reshape practices linked to routine care for the family, motherhood, contraceptive choices, and the exercise of sexuality. Yet traditional gender norms appear heavily in their family dynamics, and the reach of these transformations is mediated by the sociocultural and economic context. Thus, lower access to symbolic goods by low-income strata, which characterizes the universe of the women interviewed here, compromises their access to the gains made in sexual freedom and female autonomy.


Resumen: El artículo analiza las visiones y prácticas sobre reproducción, sexualidad y derechos de mujeres viviendo con VIH/sida (MVHA). El estudio, de carácter cualitativo, tuvo como base entrevistas realizadas en dos momentos, 2013 y 2018, con siete MVHA atendidas en servicios de referencia en VIH/sida en Río de Janeiro, Brasil. Se investigaron opiniones y vivencias sobre maternidad, interacciones afectivo-sexuales, feminismo, derechos sexuales y reproductivos. Los hallazgos revelan la percepción naturalizada de las entrevistadas sobre el cuerpo femenino y su responsabilización acerca de los eventos de la vida sexual y reproductiva. Se nota una asociación entre derecho reproductivo y derecho de elección de la maternidad o de la participación de los padres en la crianza de los hijos. En cuanto a los derechos sexuales, prevaleció la concepción del derecho de elección de la mujer (o persona) ante las demandas, imposiciones o violencia para tener relaciones sexuales, incluyendo el contexto de las relaciones matrimoniales. La coyuntura sociocultural se mostró más determinante en las prácticas preventivas y trayectoria reproductiva que respecto a la serología del VIH. Se señaló la capacidad de las MVHA de remodelar prácticas relacionadas con la rutina de cuidado con la familia, maternidad, elecciones contraceptivas y ejercicio de la sexualidad. Sin embargo, las normas tradicionales de género se muestran fuertemente en sus dinámicas familiares y el alcance de esas transformaciones es mediado por el contexto sociocultural y económico. Así, el menor acceso a bienes simbólicos de los estratos populares, que caracteriza el universo de las mujeres entrevistadas, compromete el acceso de estos grupos a conquistas relacionadas con la libertad sexual y autonomía femenina.


Assuntos
Humanos , Feminino , Criança , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida , Sexualidade , Reprodução , Comportamento Sexual , Direitos da Mulher , Brasil
8.
Cien Saude Colet ; 25(12): 4803-4812, 2020 Dec.
Artigo em Português, Inglês | MEDLINE | ID: mdl-33295502

RESUMO

This paper aims to explore Journal Ciência & Saúde Coletiva's contributions to gender and health studies. Therefore, mapping was carried out through the SciELO platform, using the terms gender, man/men, woman/women, youth/youths, adolescent/adolescents. A total of 164 papers were selected, categorized by year of publication, type of study, population, topics addressed, and method. The analysis of the material shows the journal's contribution to proposing themes that favor analyses from the gender perspective. Some productions reflect the most current discussions. However, the paucity of works on gender in life cycles and the intersectional approach suggests that the journal's proactive posture should be maintained to encourage gender analysis in other topics than sexual and reproductive health, masculinities, and gender violence against women.


Este artigo tem como finalidade explorar as contribuições da C&SC para os estudos sobre gênero e saúde. Para tanto, foi realizado um mapeamento por meio da plataforma da revista no SciELO, utilizando os unitermos gênero, homem/homens, mulher/mulheres, jovem/jovens, adolescente/adolescentes. Foram selecionados 164 artigos, categorizados em função do ano de publicação, tipo de estudo, população estudada, temas abordados e método. A análise do material aponta a contribuição da revista ao propor temas que favorecem análises na perspectiva de gênero. Algumas produções traduzem discussões atuais. Entretanto, o pequeno número de artigos sobre gênero nos ciclos de vida e desde uma abordagem interseccional sugere que a postura proativa da revista deve ser mantida para estimular análises de gênero em outros temas que não a saúde sexual e reprodutiva, as masculinidades e a violência de gênero contra mulheres.


Assuntos
Masculinidade , Adolescente , Feminino , Humanos , Masculino
9.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 25(12): 4803-4812, Dec. 2020. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | SES-SP, Coleciona SUS (Brasil), LILACS | ID: biblio-1142697

RESUMO

Resumo Este artigo tem como finalidade explorar as contribuições da C&SC para os estudos sobre gênero e saúde. Para tanto, foi realizado um mapeamento por meio da plataforma da revista no SciELO, utilizando os unitermos gênero, homem/homens, mulher/mulheres, jovem/jovens, adolescente/adolescentes. Foram selecionados 164 artigos, categorizados em função do ano de publicação, tipo de estudo, população estudada, temas abordados e método. A análise do material aponta a contribuição da revista ao propor temas que favorecem análises na perspectiva de gênero. Algumas produções traduzem discussões atuais. Entretanto, o pequeno número de artigos sobre gênero nos ciclos de vida e desde uma abordagem interseccional sugere que a postura proativa da revista deve ser mantida para estimular análises de gênero em outros temas que não a saúde sexual e reprodutiva, as masculinidades e a violência de gênero contra mulheres.


Abstract This paper aims to explore Journal Ciência & Saúde Coletiva's contributions to gender and health studies. Therefore, mapping was carried out through the SciELO platform, using the terms gender, man/men, woman/women, youth/youths, adolescent/adolescents. A total of 164 papers were selected, categorized by year of publication, type of study, population, topics addressed, and method. The analysis of the material shows the journal's contribution to proposing themes that favor analyses from the gender perspective. Some productions reflect the most current discussions. However, the paucity of works on gender in life cycles and the intersectional approach suggests that the journal's proactive posture should be maintained to encourage gender analysis in other topics than sexual and reproductive health, masculinities, and gender violence against women.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Masculinidade
10.
Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online) ; 19(4): 837-849, Sept.-Dec. 2019. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1057125

RESUMO

Abstract Objectives: we investigated the lifetime prevalence of abortion and life contexts and reasons reported for first abortion among women living (WLHA) and not living with HIV/AIDS(WNLHA). Methods: representative samples of 975 users of public health care reference network for HIV/AIDS and of 1,003 users of the primary care public services in São Paulo municipality were selected by cluster-stratified sampling and answered an electronic socio-behavioral questionnaire. Results: the prevalence of abortion was 11.9% (CI95%9.8-13.9) among WLHA and 3.0% (CI95%2.4-5.7) for WNLHA.Most abortions (128) among WLHA occurred before diagnosis and 28 after diagnosis or during pregnancy when diagnosis was given. The majority of women did not use any contraception at the time of the first abortion. The use of misoprostol was the most reported method. Having HIV was very important in deciding to abort for half of the WLHA. Absence of marital life and the lack of desire to have children were the most reported reasons by both groups. Conclusions: the similarity in contexts and reasons to abort among WLHA and WNLHA suggests that they share experiences molded by gender and social inequalities that affect their ability to access sexual and reproductive health resources and services.


Resumo Objetivos: investigou-se a prevalência de aborto provocado alguma vez na vida e os contextos de vida e motivos referidos para realização do primeiro aborto entre mulheres vivendo (MVHA) e não vivendo com HIV/AIDS (MNVHA). Métodos: amostras representativas de 975 usuárias da rede especializada em HIV/AIDS e de 1.003 usuárias da rede de atenção básica no município de São Paulo foram selecionadas por amostragem estratificada por conglomerados e responderam um questionário eletrônico sócio-comportamental. Resultados: a prevalência de aborto provocado foi de 11,9% (IC95%9,8-13,9) entre MVHA e de 3,0% (IC95%2,4-5,7) para MNVHA. A maioria dos abortos (128) entre MVHA ocorreu antes do diagnóstico e 28 após o diagnóstico ou na gravidez que este foi dado. A maioria das mulheres não fazia contracepção à época do primeiro aborto. O uso de miso-prostol foi o método mais referido. Ter HIV foi muito importante na decisão de abortar para metade das MVHA. Ausência de vida conjugal e o não desejo de ter filhos foram os motivos mais referidos por ambos os grupos. Conclusões: a semelhança nos contextos e motivos para a realização de aborto entre MVHA e MNVHA sugere que elas compartilham experiências moldadas por desigualdades sociais e de gênero que afetam suas possibilidades de acesso a recursos e serviços de saúde sexual e reprodutiva.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/epidemiologia , Aborto Induzido/estatística & dados numéricos , Atenção Primária à Saúde , Comportamento Sexual , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Abortivos , Comportamento de Escolha , Prevalência , Estudos Transversais , Misoprostol/administração & dosagem , Aborto Induzido/métodos , Comportamento Contraceptivo
11.
Cien Saude Colet ; 24(5): 1793-1807, 2019 May 30.
Artigo em Português, Inglês | MEDLINE | ID: mdl-31166513

RESUMO

According to current global AIDS guidelines, HIV testing is key to the success of the 'treatment as prevention' (TasP) strategy and the control of AIDS. In view of Brazil's commitment to these guidelines, this article characterizes the principles and justifications underpinning TasP and discusses implementation challenges. The analysis draws on a systematic review of the literature (2005 to 2015) on recruitment and testing strategies for men who have sex with men. This approach was adopted based on the assumption that current knowledge on HIV testing can offer valuable insights into the foundations of global AIDS policies and their uptake in local contexts. Based on the analysis of the 65 articles selected, we suggest that TasP represents a shift in the AIDS prevention paradigm. There is an overlap between prevention and care and the new approach places major emphasis on biomedical and psychological knowledge. The TasP approach fails to address the factors associated with HIV vulnerability and the stigma surrounding AIDS and undermines the participation of activists and PLWHA as autonomous producers of preventive of preventive practices. We argue that, to ensure the effective implementation of TasP in Brazil, it is necessary to discuss issues such as the protection of human rights and the structural problems facing Brazil's public health system.


Segundo as diretrizes globais atuais, a realização do teste anti-HIV é crucial para o sucesso da estratégia do 'tratamento como prevenção' (TcP) e controle da Aids. Dado o compromisso do Brasil com essa política, este artigo objetiva caracterizar os princípios e justificativas do TcP e discutir os desafios da sua implementação. A reflexão é orientada por uma revisão sistemática da literatura internacional de 2005 a 2015 sobre estratégias de captação e oferta do teste do HIV entre homens que fazem sexo com homens (HSHs). Tal escolha parte do pressuposto de que a produção acadêmica é uma fonte relevante para compreender os fundamentos e apropriações das políticas globais de Aids nos contextos locais. Segundo a análise dos 65 artigos selecionados, a TcP opera uma transformação no paradigma preventivo. Prevalece uma superposição entre prevenção e assistência, sugerindo maior peso aos conhecimentos e práticas biomédicos. Esse enfoque não contempla o enfrentamento de fatores estruturais associados à vulnerabilidade ao HIV e ao estigma da Aids e a participação de ativistas e PVHA como produtores autônomos de praticas preventivas. Argumentamos que a efetividades da TcP no Brasil requer uma discussão sobre a garantia dos direitos humanos e problemas estruturais e programáticos do sistema público de saúde.


Assuntos
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/diagnóstico , Infecções por HIV/diagnóstico , Programas de Rastreamento/métodos , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/prevenção & controle , Brasil , Infecções por HIV/prevenção & controle , Homossexualidade Masculina , Humanos , Masculino , Guias de Prática Clínica como Assunto , Saúde Pública , Minorias Sexuais e de Gênero , Estigma Social
12.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 24(5): 1793-1807, Mai. 2019. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1001801

RESUMO

Resumo Segundo as diretrizes globais atuais, a realização do teste anti-HIV é crucial para o sucesso da estratégia do 'tratamento como prevenção' (TcP) e controle da Aids. Dado o compromisso do Brasil com essa política, este artigo objetiva caracterizar os princípios e justificativas do TcP e discutir os desafios da sua implementação. A reflexão é orientada por uma revisão sistemática da literatura internacional de 2005 a 2015 sobre estratégias de captação e oferta do teste do HIV entre homens que fazem sexo com homens (HSHs). Tal escolha parte do pressuposto de que a produção acadêmica é uma fonte relevante para compreender os fundamentos e apropriações das políticas globais de Aids nos contextos locais. Segundo a análise dos 65 artigos selecionados, a TcP opera uma transformação no paradigma preventivo. Prevalece uma superposição entre prevenção e assistência, sugerindo maior peso aos conhecimentos e práticas biomédicos. Esse enfoque não contempla o enfrentamento de fatores estruturais associados à vulnerabilidade ao HIV e ao estigma da Aids e a participação de ativistas e PVHA como produtores autônomos de praticas preventivas. Argumentamos que a efetividades da TcP no Brasil requer uma discussão sobre a garantia dos direitos humanos e problemas estruturais e programáticos do sistema público de saúde.


Abstract According to current global AIDS guidelines, HIV testing is key to the success of the 'treatment as prevention' (TasP) strategy and the control of AIDS. In view of Brazil's commitment to these guidelines, this article characterizes the principles and justifications underpinning TasP and discusses implementation challenges. The analysis draws on a systematic review of the literature (2005 to 2015) on recruitment and testing strategies for men who have sex with men. This approach was adopted based on the assumption that current knowledge on HIV testing can offer valuable insights into the foundations of global AIDS policies and their uptake in local contexts. Based on the analysis of the 65 articles selected, we suggest that TasP represents a shift in the AIDS prevention paradigm. There is an overlap between prevention and care and the new approach places major emphasis on biomedical and psychological knowledge. The TasP approach fails to address the factors associated with HIV vulnerability and the stigma surrounding AIDS and undermines the participation of activists and PLWHA as autonomous producers of preventive of preventive practices. We argue that, to ensure the effective implementation of TasP in Brazil, it is necessary to discuss issues such as the protection of human rights and the structural problems facing Brazil's public health system.


Assuntos
Humanos , Masculino , Infecções por HIV/diagnóstico , Programas de Rastreamento/métodos , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/diagnóstico , Brasil , Infecções por HIV/prevenção & controle , Saúde Pública , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/prevenção & controle , Guias de Prática Clínica como Assunto , Homossexualidade Masculina , Estigma Social , Minorias Sexuais e de Gênero
13.
Arch Sex Behav ; 47(7): 1983-1993, 2018 10.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-29468346

RESUMO

The advances on HIV/AIDS diagnosis and treatment have enabled people living with HIV/AIDS (PLHA) better quality of life. However, the persistence of HIV-related stigma and discrimination, and the risks triggered by HIV disclosure, may be a barrier to the sexual exercise of PLHA. We investigated the prevalence of sexual inactivity and the reasons given for it among a representative sample of women of reproductive age living with HIV/AIDS (WLWHA) in the municipality of São Paulo, Brazil. We surveyed 918 WLWHA with probability proportional to average number of visits in each of the 18 referral HIV/AIDS services. Sexual inactivity was defined as not having had vaginal sexual intercourse in the year prior to research. Statistical modeling of the factors associated with sexual inactivity was carried out by way of bivariate and multivariate analysis. In all, 22.2% (n = 200) of the women did not have sexual relations in the year prior to the interview. The majority reported a reduction in desire (64.5%) and sexual activity (68%). Among the women not in a relationship, the predictors of sexual inactivity were: being older (35-49) (ORa = 2.25); not being Catholic (ORa = 2.91); having kept the diagnosis secret from their partner (ORa = 2.45); having had up to five sexual partners throughout life (ORa = 3.81). The diagnosis of HIV seems to have more of an effect on the desire for and frequency of sexual activity than on its interruption. Sexual inactivity was influenced by the stigma of HIV/AIDS, by age, and by moral-religious values.


Assuntos
Infecções por HIV/psicologia , Comportamento Sexual/psicologia , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida , Adulto , Brasil/epidemiologia , Feminino , HIV , Infecções por HIV/epidemiologia , Humanos , Análise Multivariada , Prevalência , Qualidade de Vida , Religião e Psicologia , Reprodução , Parceiros Sexuais/psicologia , Estigma Social , Inquéritos e Questionários
14.
Cult Health Sex ; 18(8): 905-20, 2016 08.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-26950415

RESUMO

In sub-Saharan Africa, young women engaged in relationships with multiple partners in order to gain material benefits play a key role in local HIV dynamics. This paper is based upon field observations and interviews with 38 young women who live along the Angolan-Namibian border. In the last 10 years, rapid urbanisation has attracted migrants in search of opportunities to do business in the region. Our findings show that sexual-affective economic networks reflect these socioeconomic changes. Women, particularly those from particular ethnic groups and/or from Namibia, with low levels of formal education and social support are often excluded from the labour market and turn to emotional-sexual male-centred networks for material and financial benefits. Men in these networks tend to be older, have higher socioeconomic status and greater geographic mobility. This 'capitalisation' of intimate relationships is material and symbolic; it enables women to acquire goods and access to services identified with an urban and globalised lifestyle. It is also emotional because relationships include affection and pleasure. Engaging in these relationships involves some social risks (bad reputation, family rejection, discrimination and violence), but maintaining ties often takes priority over safer sex and social sanctions.


Assuntos
Renda , Amor , Profissionais do Sexo/psicologia , Comportamento Sexual/psicologia , Adolescente , Adulto , Angola , Feminino , Infecções por HIV , Humanos , Namíbia , Negociação , Parceiros Sexuais/psicologia , Apoio Social
15.
Physis (Rio J.) ; 25(4): 1185-1205, out.-dez. 2015. graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-773454

RESUMO

Este estudo visa examinar os processos judiciais relacionados à infecção pelo vírus da Aids durante a pratica sexual no Brasil e suas implicações para a atualização do estigma do HIV/Aids. A reflexão foi centrada na análise dos processos de transmissão do HIV registrados no Portal JusBrasil e na revisão da produção acadêmica e de reportagens da mídia sobre o tema. Os dados revelam a convergência das visões de juristas, órgãos governamentais e representantes da sociedade civil organizada acerca das implicações negativas da criminalização da transmissão do HIV. Revelam-se também avanços, expressos pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal acerca da transmissão do vírus como transmissão de moléstia grave (Artigo 131), e não como tentativa de homicídio, e pela definição da Aids como agravo crônico e não como "sentença de morte". Todavia, existem retrocessos, como a tentativa de implementar leis que criminalizam a transmissão do vírus com penas severas e desconsideram as atuais tecnologias de prevenção e tratamento e os receios do estigma da Aids. Diante da escassez de estudos nacionais acerca do assunto, recomenda-se fomentar o debate e a produção acadêmica sobre os efeitos da criminalização da transmissão do HIV à luz do atual cenário da Aids no Brasil e no mundo.


This study aims to examine the legal procedures related to infection with the Aids virus during sexual practices in the Brazilian context and its implications for updating the stigma of HIV/Aids. The reflection focused on the analysis of processes related to HIV transmission recorded in JusBrasil Portal and review of the academic literature and media reports on the subject. Data reveal the convergence of views of lawyers, government agencies and representatives of civil society about the negative implications of criminalization of HIV transmission; and advances expressed by the jurisprudence of the Supreme Court about the spread of the virus as a serious disease transmission (Article 131) and not as attempted murder and the definition of Aids as a chronic injury and not as "death sentence". However, there are setbacks as attempting to implement laws that criminalize the transmission of the virus with severe penalties and disregard the current technologies for the prevention and treatment of Aids and the stigma of fears. Given the scarcity of national studies on the subject, fostering debate and academic literature on the effects of criminalization of HIV transmission light of the current situation of Aids in Brazil and worldwide is recommended.


Assuntos
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/transmissão , Soropositividade para HIV/transmissão , Estigma Social , Jurisprudência , Legislação como Assunto , Brasil , Crime
16.
Physis (Rio J.) ; 24(2): 421-440, Apr-Jun/2014.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-719365

RESUMO

Este trabalho objetiva analisar como mulheres e homens jovens, com diferentes inserções sociais, cor/raça e orientação sexual, frequentadores de espaços de sociabilidade no Rio de Janeiro, concebem e vivenciam as expressões de preconceito e discriminação na vida cotidiana. Considerase que o preconceito e a discriminação fazem parte de um processo social de produção de desigualdades que articula diferentes marcadores sociais (classe social, gênero, sexualidade, raça/etnia) e opera por meio da naturalização dos atos de discriminar e de ser discriminado. Todavia, há perspectivas teóricas dissonantes, que concebem a discriminação e o preconceito como decorrentes de interações inerentes e circunscritas ao âmbito das relações sociais interpessoais, desvinculadas dos fatores macrossociais. Os depoimentos dos/das jovens do estudo revelam que os agentes da ação discriminatória evitam falar de preconceito, justificando suas práticas com base no gosto, preferência ou estranhamento frente a algo incomum. Entretanto, alguns sujeitos que são objeto de ações homofóbicas, sexistas e/ou racistas percebem que essas situações expressam uma tentativa de garantia de privilégios de grupos específicos e que a classe social dos envolvidos tem influência nessas manifestações. Outros consideram que a homofobia e o racismo resultam da falta de conhecimento e/ou socialização. Observa-se a ausência de referências à ação política para confrontar situações de discriminação. O desenvolvimento de estudos voltados para a apreensão do preconceito e da discriminação como fenômenos sociais complexos, associados à (re)produção de marcadores sociais da diferença, podem orientar as ações de enfrentamento desses processos em diferentes contextos sociais...


This study aims to analyze how women and men with different social background, color / race and sexual orientation, attending social spaces in Rio de Janeiro, conceive and experience the expressions of prejudice and discrimination in everyday life. It is considered that prejudice and discrimination are part of a social process of production of social inequalities that articulates different markers (social class, gender, sexuality, race / ethnicity) and operates through naturalization acts of discriminating and being discriminated against. However, there are dissonant theoretical perspectives that view discrimination and prejudice as arising from interactions which are inherent and circumscribed to the scope of interpersonal social relations, disconnected from macro-factors. The testimonies of the study youngsters show that agents of discriminatory action avoid talking about prejudice, justifying their practices based on taste, preference or strangeness to something unusual. However, some individuals who are subject of homophobic, sexist and / or racist actions realize that these situations express an attempt to guarantee privileges to specific groups and that social class affects those involved in the events. Others believe that homophobia and racism stem from lack of knowledge and / or socialization. One notes the absence of references to political action to face discrimination. The development of studies for the apprehension of prejudice and discrimination as a complex social phenomena, associated with the (re) production of social markers of difference, can guide the actions against these processes in different social contexts...


Assuntos
Humanos , Adulto Jovem , Adulto Jovem , Comportamento Social , Discriminação Social/tendências , Homofobia , Racismo , Sexismo , Brasil/etnologia
17.
Cien Saude Colet ; 19(1): 137-46, 2014 Jan.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-24473611

RESUMO

Due to the central role played by sex in HIV transmission, this paper analyzes the discussions on sexuality between health professionals and service users at a Counseling and Testing Center in the State of Rio de Janeiro. The methodology included direct observation of individual pre-test counseling and the use of 384 questionnaires and 14 interviews with service users. It was observed that counseling is preceded by filling out the epidemiological surveillance form and that, due to the lack of an adequate structure, there are inaccuracies in the process of gathering and recording the users' sexual practices. During counseling, STD/Aids prevention discourse is focused on the type and the number of sexual partners, on HIV risk and on condom use. This approach does not favor dialogue about the sexual trajectory of the users and their doubts and demands related to sexuality and Aids. The data from the questionnaire and interviews indicated that homo, hetero and bisexual categories were not familiar to the users. It is recommended that: counseling should be dissociated from filling out the surveillance form; the significance and diversity of sexual experiences of individuals throughout their lives should be incorporated in counseling training; investment is needed in the structural organization of the service.


Assuntos
Aconselhamento , Infecções por HIV/prevenção & controle , Sexualidade , Adolescente , Adulto , Feminino , Infecções por HIV/diagnóstico , Instalações de Saúde , Pessoal de Saúde , Humanos , Masculino , Relações Profissional-Paciente , Comportamento Sexual , Adulto Jovem
18.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 19(1): 137-146, jan. 2014.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-702668

RESUMO

Frente à centralidade da via sexual na transmissão do HIV, o trabalho analisa os discursos sobre sexualidade entre profissionais de saúde e usuários em um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), do Estado do Rio de Janeiro. A metodologia envolveu observação direta do aconselhamento individual pré-teste e a realização de 384 questionários e 14 entrevistas com usuários. Observou-se que o aconselhamento é caracterizado pelo preenchimento do formulário de vigilância epidemiológica, havendo imprecisões na coleta e registro das práticas sexuais dos usuários, decorrentes da falta de estrutura do serviço. Durante o aconselhamento, as orientações ao usuário sobre DST/Aids foram centradas no tipo/número de parceiros sexuais, nos riscos ao HIV e no uso do preservativo. Tal abordagem não favorece o diálogo sobre a trajetória sexual do usuário, suas dúvidas e demandas relativas à sexualidade e a Aids. Os dados dos questionários e entrevistas revelaram a pouca familiaridade dos usuários em relação às categorias homo, hetero e bissexual. Recomenda-se: desvincular o aconselhamento do preenchimento do formulário SI-CTA; incorporar na formação dos aconselhadores os significados e diversidade das experiências sexuais dos sujeitos; investir na estrutura organizacional do serviço. .


Due to the central role played by sex in HIV transmission, this paper analyzes the discussions on sexuality between health professionals and service users at a Counseling and Testing Center in the State of Rio de Janeiro. The methodology included direct observation of individual pre-test counseling and the use of 384 questionnaires and 14 interviews with service users. It was observed that counseling is preceded by filling out the epidemiological surveillance form and that, due to the lack of an adequate structure, there are inaccuracies in the process of gathering and recording the users' sexual practices. During counseling, STD/Aids prevention discourse is focused on the type and the number of sexual partners, on HIV risk and on condom use. This approach does not favor dialogue about the sexual trajectory of the users and their doubts and demands related to sexuality and Aids. The data from the questionnaire and interviews indicated that homo, hetero and bisexual categories were not familiar to the users. It is recommended that: counseling should be dissociated from filling out the surveillance form; the significance and diversity of sexual experiences of individuals throughout their lives should be incorporated in counseling training; investment is needed in the structural organization of the service. .


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Adulto Jovem , Aconselhamento , Infecções por HIV/prevenção & controle , Sexualidade , Infecções por HIV/diagnóstico , Instalações de Saúde , Pessoal de Saúde , Relações Profissional-Paciente , Comportamento Sexual
19.
Interface comun. saúde educ ; 14(32): 37-51, jan.-mar. 2010. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-551133

RESUMO

Neste trabalho objetiva-se: descrever o processo de elaboração de um banco de 276 materiais sobre hanseníase produzidos por instituições públicas e não-governamentais, entre 1972-2008; analisar o tipo, o público e os objetivos. O banco foi elaborado numa base eletrônica de dados, contendo a análise descritiva e temática e um link para o documento completo dos materiais. Os materiais destinam-se ao público em geral (75 por cento), profissionais de saúde (12 por cento), público infanto-juvenil (6 por cento), portadores de hanseníase (3 por cento) e outros (4 por cento). Predominam panfletos (26 por cento), folhetos (24 por cento), cartazes (23 por cento), seguidos de cartilhas (15 por cento), álbuns seriados (3 por cento) e outros (9 por cento). Objetivam aumentar a autossuspeição, detecção de casos e divulgar os serviços de saúde. Predomina o discurso biomédico, a linguagem técnica-prescritiva e as relações hierarquizadas entre enunciador-destinatário.


Educational materials form part of the guidelines for Hansen's disease control programs. The aims of the present study were to describe the process of creating a database for 276 educational materials on Hansen's disease that were produced by public and non-governmental institutions between 1972 and 2008, and to analyze the type, target public and objectives. The database was set up electronically and contained a descriptive and thematic analysis and a link to the complete document containing the materials. The materials were targeted at the general public (75 percent), healthcare professionals (12 percent), children and adolescents (6 percent), individuals with Hansen's disease (3 percent), and others (4 percent). Pamphlets (26 percent), leaflets (24 percent) and posters (23 percent) predominated, followed by primers (15 percent), flipbooks (3 percent) and others (9 percent). They aimed to increase self-awareness and case detection and to publicize healthcare services. Biomedical discourse using technical-prescriptive language and hierarchical relationships between enunciator and target predominated.


Los materiales educativos integran las directrices de los Programas de Control de la enfermedad de Hansen. Este trabajo se objetiva: describir el proceso de elaboración de un banco de 276 materiales sobre dicha enfermedad producidos por instituciones públicas y no gobernativas entre 1972 y 2008; analizar el tipo, el público y los objetivos. El banco se elaboró en una base electrónica de datos conteniendo el análisis descriptivo y temático y un link para el documento completo e los materiales. Los materiales se destinan a un público geral (75 por ciento), profesionales de salud (12 por ciento), público infantil y juvenil (6 por ciento), portadores de la enfermedad de Hansen (3 por ciento) y otros (4 por ciento). Predominan panfletos (26 por ciento), folletos (24 por ciento); carteles (23 por ciento), seguido de cartillas (15 por ciento), álbumes seriados (3 por ciento) y otros (9 por ciento). Objetivan aumentar la auto-suspección, detección de casos y divulgar los servicios de salud. Predomina el discurso biomédico, el lenguaje técnico-prescriptivo y las relaciones jerarquizadas entre enunciador y destinatario.


Assuntos
Comunicação , Materiais Educativos e de Divulgação , Hanseníase
20.
In. Minayo, Maria Cecília de Souza; Coimbra Junior, Carlos E. A. Críticas e atuantes: ciências sociais e humanas em saúde na América Latina. Rio de Janeiro, FIOCRUZ, 2005. p.473-485.
Monografia em Português | HISA (história da saúde) | ID: his-9682

RESUMO

Pretende abordar o processo de formaçäo de um domínio específico na esfera da saúde pública direcionada para a populaçäo negra. Para isso, analisa, a princípio, o contexto em que surge esse campo e sua agenda científica e política. Em seguida, discute pontos controversos que emergem da literatura contemporânea, sobretudo a norte-americana, acerca das relações entre raça e saúde.(AU)


Assuntos
Política de Saúde/história , População Negra , Brasil , Saúde Pública/tendências
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA